HISTÓRIAS VERÍDICAS
(continuação)
Manuela e Ramon, mãe velha e filho esquizofrénico, viviam pobremente numa casa a desfazer-se. No inverno os tectos descascavam-se mais e mais, dando passagem à chuva que se infiltrava por todo o lado. No verão era uma apoteose de pulgas e baratas que alegremente circulavam entre as poeiras e o lixo. No mísero quarto de dormir uma dúzia de relógios martelavam o tempo para o apressar.
Última desgraça para coroar uma vida cruel: entupiu-se a sanita, que durante anos e anos, fazia esforços para cumprir a sua missão
Como resolver este grande e inadiável problema? Fácil! Mãe e filho foram comprando grandes bidões de plástico, que dia a dia iam enchendo com as fezes, bidões esses que eram guardados metódicamente na cave. Quando o cheiro insuportável, subiu, subiu, até às casas vizinhas , foi pedida uma vistoria camarária, que encontrou, enfileirados, nada mais nada menos que 137 recipientes cheios de perfumado conteúdo.
“QUEM NÃO POUPA NEM HERDA SÓ TEM UMA POUCA DE M…”
1 comentário:
E que saudades da Manuela Pomba a cheirar tabaco com um lenço imundo e a fazer tremer a mesa de jantar da casa da avó!!!Um verdadeiro filme de terror!!!
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